Os profetas não são homens ou mulheres
desarrumados, desengonçados, barbudos,
cabeludos, sujos, metidos em roupa
andrajosas e pegando cajados.
Os profetas são aqueles ou aquelas que
se molham de tal forma nas águas da sua
cultura e da sua história, da cultura e da
história de seu povo, dos dominados do
seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu
agora e, por isso, podem prever o amanhã
que eles mais do que adivinham, realizam...
Eu diria aos educadores e educadoras,
ai daqueles e daquelas, que pararem com a
sua capacidade de sonhar, de inventar a sua
coragem de denunciar e de anunciar.
Ai daqueles e daquelas que, em lugar de
visitar de vez em quando o amanhã, o futuro
pelo profundo engajamento com o hoje,
com o aqui e com o agora, se atrelam a um
passado, de exploração e de rotina.
Paulo Freire. In: Brandão, C. R. (Org)
Educador: vida e morte
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